Olá Mamães e Papais,
Tudo bem?
Aumento no uso de celular por crianças e bebês
Estamos vivendo numa era onde a tecnologia
faz parte do nosso dia-a-dia. Nossos filhos já fazem parte de uma geração onde
não sabem o que é viver sem a internet. Porém, o uso dos aparelhos celulares e
tablets por crianças e bebês tem aumentado muito gerando muita preocupação para
os especialistas.
Um estudo feito pelo Comitê Gestor da
Internet revela que em 2014, 82% dos jovens entraram na rede através de um
dispositivo móvel, enquanto 56% navegaram através de um computador fixo, sendo
que na pesquisa foi ainda constatado que 81% dos jovens na faixa etária de 9 a
17 anos se conectam todos os dias na internet.
Porcentagem de crianças conectadas com a internet
Não dá para negar que o uso do aparelho
pelos jovens diminui (e muito) a ansiedade vivida pela separação entre pais e
filhos, já que os pais conseguem se comunicar mais rapidamente com os pequenos,
como avisar possíveis atrasos para buscá-lo na escola ou diminuir a saudade
durante uma viagem de trabalho.
A sensação de abandono que o filho poderia vir a sentir fica descartada com o uso dos celulares.
A sensação de abandono que o filho poderia vir a sentir fica descartada com o uso dos celulares.
Porém, um fator a ser considerado é que o
celular pode ser um meio de comunicação fácil e rápido entre pais e filho, mas
tambem permite que a criança esteja conectado a rede onde têm acesso as redes
sociais e aos perigos que a internet trás, como por exemplo a pedofilia. Há
ainda, um agravante: uma criança com um aparelho celular em mãos se torna alvos
fáceis de ações criminosas, já que o celular é o item mais roubado no país.
Quando se trata de bebês e crianças menores
a preocupação aumenta. Os bebês estão tendo um contato mais cedo e
frequentemente com tablets e smarthphones, o que especialistas alertam para os
riscos dessa alta exposição.
A Academia Americana de Pediatria e a
Sociedade Canadense de Pediatria faz um alerta sobre algumas razões pelas quais
crianças menores de 12 anos não devem utilizar esses aparelhos sem controle dos
pais, sendo que bebês de 0 a 2 anos não devem ter contato algum com essa
tecnologia e crianças acima de 2 anos devem ter o uso restringido a uma hora
por dia.
O estudo feito aponta graves consequências
no desenvolvimento e comportamento dos bebês que estão constantemente expostos
à tecnologia dos tablets e smathphones.
Consequências no desenvolvimento e comportamento do bebê no uso do celular
- Desenvolvimento cerebral da criança: O
cérebro de um bebê cresce muito rapidamente nos primeiros anos de vida, sendo
triplicado o tamanho até completarem dois anos de idade. Uma alta exposição às
tecnologias pode causar o aceleramento do crescimento cerebral, causando
déficit de atenção, atraso cognitivo, distúrbios de aprendizado, aumento da
impulsividade e falta de controle das próprias emoções (as famosas “birras”).
Causam ainda, diminuição da concentração e memória dos pequenos.
- Obesidade Infantil: o sedentarismo que
implica o uso das tecnologias é um dos problemas que está aumentando entre as
crianças. Estima-se que crianças com aparelhos eletrônicos no quarto têm 30%
mais chance de serem obesas. Além disso, a obesidade leva a outras doenças mais
graves, como o diabetes, problemas vasculares e cardiacos.
- Atraso no desenvolvimento da criança: Ao
usar em excesso as tecnologias disponíveis pode acarretar a limitação do
movimento e consequêntemente o rendimento acadêmico, a alfabetização, atenção e
as capacidades.
- Alteração do Sono Infantil: A maioria dos
pais não supervisiona o uso das tecnologias pelos seus filhos quando estão em
seu quarto, seja ela internet ou televisão. A constante utilização desses
recursos pode acabar gerando dependência na criança em diferentes níveis. Um
dos problemas relacionados a isso se dá ao fato de muitas crianças deixam de
dormir para jogar, assistir filmes ou simplesmente conversar pela internet.
Essa rotina pode causar várias consequências psicológicas, como também diminuir
o rendimento escolar. Vale lembrar que a falta de sono noturno pode acarretar
problemas de crescimento.
- Problemas emocionais: Há diversos estudos
realizados em todas as partes do mundo que ligam o uso excessivo das
tecnologias a uma séria de distúrbios mentais como a depressão, ansiedade,
autismo, transtorno bipolar, psicose e disturbios no processo de vinculação
entre pais e filhos.
- Demência digital: Psicólogos e pediatras
tanto da Academia Americana de Pediatria quanto da Sociedade Canadense de
Pediatria afirmam que conteúdos multimídias em alta velocidade reduzem as
faixas neuronais para o cortéx frontal, que podem contribuir para o aumento do
déficit de atenção, causando problemas de concentração e memória.
- Emissão de radiação: A Organização
Mundial de Saúde (OMS) classifica os celulares como um risco na emissão de
radiação. Ainda é muito polêmica e pouco conclusiva a discussão sobre a relação
entre o uso de celulares e o surgimento de câncer cerebral. Porém, os
cientistas concordam que as crianças são mais sensíveis aos agentes radioativos
do que os adultos, correndo um risco maior de contrair doenças como o câncer.
Dessa forma, pesquisadores canadenses acreditam que a radiação que os celulares
emitem deveria ser classificada como “provavelmente cancerígena” para as
crianças.
- Condutas agressivas: Crianças tendem a
repetir os comportamentos dos adultos e de personagens que consideram
referência, elas imitam o que costumam e gostam de ver. Assim, quanto mais
expostos a jogos e vídeos violentos e agressivos, mais chance de ocasionar
problemas de agressividade, alterando a sua conduta. Dessa forma, os pais devem
estar constantemente em vigia do conteúdo e uso de smathphones e tablets pelos
seus filhos.
- Vício infantil: O uso em excesso desses
aparelhos, ainda, pode causar dependência. Estudos demonstram que uma a cada 11
crianças são viciadas às novas tecnologias, se distanciando do seu meio, amigos
e familiares.
- Superexposição: O constante uso de
aparelhos para se conectar à rede tornam as crianças vulneráveis e sujeitas a
serem exploradas e expostas a abusos. Há um aumento considerável em casos de
pedofilia e crimes relacionados a encontros de crianças com desconhecidos que
conhecem pelas redes sociais.
Porém, não dá para descartar totalmente o
uso dessas tecnologias na educação dos filhos. A internet permite que as
crianças tenham mais informações e alie aos estudos, porém cabe aos pais o
controle dessa exposição.
Algumas regras devem ser estabelecidas,
como limitar a quantidade de horas que a criança utilizará o tablet ou
smathphone por dia, controlar os acessos dos filhos às redes sociais e sempre
conversar com seu filho explicando os riscos que existem no mundo virtual. Mas,
o que pode dar certo para um nem sempre funcionará para outros. Cabe cada
família analisar e adequar à sua realidade vivida.
Para driblar os excessos algumas
alternativas são válidas, como: não oferecer um aparelho único a criança,
fazendo com que compartilhe o aparelho com um adulto por exemplo. Contratar um
plano pré-pago e definir com o filho o valor que pode ser gasto em determinado
periodo também é uma solução. Acabou o crédito, terá que esperar até o próximo
período a ser recarregado. Criar senhas de acesso para download de aplicativo
em que apenas os responsaveis tem acesso é outra alternativa, pois os
responsáveis terão acesso ao que a criança está vendo ou jogando na internet.
Mas atenção: as crianças aprendem com
exemplos. De nada adianta obrigar seu filho a desconectar da internet para
praticar outras atividades e você continuar grudado no celular ou tablet em seu
momento de lazer. A mudança tem que ser em toda a família.
É unanime a opinião dos especialistas que a
criança ficar horas e horas conectada gera prejuizos ao seu desenvolvimento,
tornando crianças mais passivas e que não sabem interagir ou ter contato fisico
com outras pessoas. Ainda que as novas tecnologias façam parte da nossa vida,
trazendo inúmeros benefícios, ainda não substitui a leitura de um bom livro ou
o tempo brincando com os pais e irmãos.
Esse texto é da Luciana do Recem Mãe minha amiga e parceira.
O que vocês acham do uso do celular por crianças e bebês?
Deixe seus comentarios.
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Muito obrigada pela parceria Mari. Realmente esse é um assunto que gera muita polêmica e que devemos ficar atentos. Beijos
ResponderExcluirObrigada Lu
ExcluirGostei e muito do tema acredito que se o uso não é feito com cautela pode trazer danos até para um adulto imagina então para uma criança em desenvolvimento! Temos que ter cautela e controlar o uso tanto deles quanto o nosso, só teremos vantagens assim!
ResponderExcluirExcelente texto. Vale muito a pena lembrar que tudo tem que ser usado com moderação. Nada substitui as brincadeiras com os pais.
ResponderExcluirBeijos
www.agorasomospais.com.br
Tema super atual, temos de tomar cuidado e deixar criança ser criança e não viver só na tecnologia.
ResponderExcluirBjs Tania